quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Como eu vim parar aqui?

Pois é, as vezes também me faço essa pergunta...Em maio deste ano me inscrevi em um programa do Governo Brasileiro chamado Ciência sem Fronteiras. É um programa de graduação sanduíche e podíamos escolher o país que gostaríamos de nos candidatar. Eu e meu namorado escolhemos Portugal. Eu fui aprovada, ele não. Acho que nunca senti uma dor tão grande como a que senti ao deixar ele no aeroporto. Foi uma dor física sabe? Queria me entupir de buscopan pra ver se passava...
Demoramos muito para perceber que eu estava indo embora. Só conseguimos perceber o que estava acontecendo na noite anterior a minha viagem. Com a correria de comprar passagens, fazer seguro, tirar visto, buscar visto...não tivemos tempo de perceber o tamanho da saudade que iriamos sentir.
Os dois primeiros dias foram os piores...chorei tanto que eu achei que fosse morrer desidratada. Minha vontade era de largar tudo, voltar para o Brasil e ver meu namorado. Sou dessas namoradas que não fica um dia sem ver o namorado...ou era. Não vou mentir, sinto muita saudade da minha mãe, do meu pai, dos meus irmãos...mas moro sozinha há três anos e estou acostumada a vê-los com menor frequência. Mas ficar sem meu namorado tem sido um desafio diário. Tenho dias bons e dias em que a saudade é tão grande que quero só ficar quietinha.
Eu e o Renato - meu namorado - gostamos bastante de viajar e ele é meu parceiro em tudo! Ele cuida de mim, me faz café da manhã, faz os roteiros das nossas viagens...Aqui é muito estranho sair para conhecer um lugar sem ele ter programado, sem ele brigar comigo por estar acordando tarde...
No segundo dia aqui desci para tomar café no hostel que estava hospedada e comecei a chorar...não sei a quanto tempo não tomo um café da manhã sem ele comigo. Mas agora estou melhor - ou as lágrimas acabaram? - e me adaptando a esta nova realidade cheia de saudade.

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